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Arca de Noé |
Estamos indo em
direção ao fim. O fim do mundo ou do ano? Não importa. O que realmente importa
é o rito de passagem. Ele tem significado para nós. Vivemos pelo significado,
sem ele não temos sentido. A direção só pode vir de dentro, ela nos remete ao
caminho de nossa transformação. Nem sempre se transformar é algo positivo. Contudo,
tem de haver esperança e confiança. Nada é simples no processo do
autoconhecimento. Somos aprendizes. É preciso esperar a árvore dar os frutos,
se ela não der, mesmo assim ela pode nos fornecer a sombra para o descanso. Todas
as nossas ações possuem em si uma consequência. Somos sempre levados à
experiência de completude. Não precisamos entender. Porém, é certo que nada é
por acaso. Tudo tem uma leitura mais profunda e complexa. Não conheço uma vida
que não tenha sentido. Trato o sofrimento das pessoas como oportunidade do
encontro com elas mesmas. A experiência de se ver por uma perspectiva mais
abrangente é incrível.
Como afirmei em meu
último livro “O tempo não tem idade”: o tempo não passa, somos nós a passar por
ele. Isso significa que vivemos os ritos de passagem como meios de novas
descobertas. O fim do mundo nada mais é do que uma oportunidade do fim de
padrões que se repetem. Temos de nos munir de nossos próprios recursos. Ninguém
nasce sem os recursos necessários para enfrentar os obstáculos. Acredito nessa
potência latente, nessa capacidade de irmos além. Vivemos para atravessar a
ponte da vida. Evidentemente temos a escolha de como encarar os acontecimentos.
Vivemos uma época de
valores invertidos e muita distração. Ela nos joga para fora de nós mesmos, e
achamos que a vida tem a obrigação de ser generosa. Ela é, mas nem sempre
reconhecemos a generosidade no momento de adversidade. É preciso transformar o
olhar, abrir o coração e ouvir o chamado. Somos instigados a compreender cada
gesto e ação do mundo em nossas vidas. Basta para isso atenção. Essa é a
palavra chave de nosso sucesso pessoal. Pois só tem sucesso quem consegue
seguir em frente. É fundamental deixar as âncoras e correr risco de ser quem
somos de verdade. Enxergar o outro como o reflexo de nosso aprendizado é um ato
de coragem.
Enfim, o fim do mundo
é agora, pois estamos atravessando um novo ciclo de vida a cada momento. Tenha certeza
de sua incerteza, crie formas diferentes de ver a vida, saiba que o melhor
começa na aceitação de você mesmo.
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