17 de dezembro de 2012

É o fim do mundo?



Arca de Noé


Estamos indo em direção ao fim. O fim do mundo ou do ano? Não importa. O que realmente importa é o rito de passagem. Ele tem significado para nós. Vivemos pelo significado, sem ele não temos sentido. A direção só pode vir de dentro, ela nos remete ao caminho de nossa transformação. Nem sempre se transformar é algo positivo. Contudo, tem de haver esperança e confiança. Nada é simples no processo do autoconhecimento. Somos aprendizes. É preciso esperar a árvore dar os frutos, se ela não der, mesmo assim ela pode nos fornecer a sombra para o descanso. Todas as nossas ações possuem em si uma consequência. Somos sempre levados à experiência de completude. Não precisamos entender. Porém, é certo que nada é por acaso. Tudo tem uma leitura mais profunda e complexa. Não conheço uma vida que não tenha sentido. Trato o sofrimento das pessoas como oportunidade do encontro com elas mesmas. A experiência de se ver por uma perspectiva mais abrangente é incrível.

Como afirmei em meu último livro “O tempo não tem idade”: o tempo não passa, somos nós a passar por ele. Isso significa que vivemos os ritos de passagem como meios de novas descobertas. O fim do mundo nada mais é do que uma oportunidade do fim de padrões que se repetem. Temos de nos munir de nossos próprios recursos. Ninguém nasce sem os recursos necessários para enfrentar os obstáculos. Acredito nessa potência latente, nessa capacidade de irmos além. Vivemos para atravessar a ponte da vida. Evidentemente temos a escolha de como encarar os acontecimentos.

Vivemos uma época de valores invertidos e muita distração. Ela nos joga para fora de nós mesmos, e achamos que a vida tem a obrigação de ser generosa. Ela é, mas nem sempre reconhecemos a generosidade no momento de adversidade. É preciso transformar o olhar, abrir o coração e ouvir o chamado. Somos instigados a compreender cada gesto e ação do mundo em nossas vidas. Basta para isso atenção. Essa é a palavra chave de nosso sucesso pessoal. Pois só tem sucesso quem consegue seguir em frente. É fundamental deixar as âncoras e correr risco de ser quem somos de verdade. Enxergar o outro como o reflexo de nosso aprendizado é um ato de coragem.

Enfim, o fim do mundo é agora, pois estamos atravessando um novo ciclo de vida a cada momento. Tenha certeza de sua incerteza, crie formas diferentes de ver a vida, saiba que o melhor começa na aceitação de você mesmo. 

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